quarta-feira, dezembro 17, 2003

(entrevista de Online)

Fim do Curso... E agora?
(reportagem de Imprensa)

Para que serve o Natal?



Manuel diz ter 47 anos, mas a sua aparência faz-nos pensar que já passou há muito a barreira dos 60. Os seus dias são passados pela baixa do Porto, num suceder de dias que diz interminável. Olha para as pessoas que passam por ele - e fingem não o ver - com tristeza. O tecto que o resgurda da noite agreste da Invicta é a entrada do Hospital Santo António, no Largo Professor Abel Salazar.
Olha para os sacos de presentes das pessoas que por ele passam e os seus olhos ficam humedecidos. Diz que o Natal já nada lhe diz, mas o seu olhar desmente tudo isto. Falamos sobre o seu passado, sobre os motivos que o levaram a fazer da rua o seu lar. Diz-nos que a vida não lhe correu como estava à espera, que a vida lhe pregou uma partida. Relembra com tristeza o início daquilo que diz ter sido o início do seu fim. Aos 27 anos a cocaína foi mais forte do que o amor pela sua família. Deixou o trabalho, vivia do roubo para comprar a “dose” de que dependia. Um dia viu a sua filha de 9 anos e a sua esposa a porem-no fora de casa, porque já não aguentavam mais esta situação. Aos 29 anos via-se obrigado a recorrer ao apoio dos pais, que também “lhe viraram as costas”, dois anos depois.
Há quase 17 anos que Manuel vive apenas do apoio dos outros. Não se queixa da vida,pois diz que só ele é o responsável pela situação em que se encontra. Quando lhe perguntamos se ainda tem esperança no futuro, Manuel dirige-nos um olhar de um vazio tremendo:
-Qual futuro?!
É a esta a realidade de um número cada vez maior de pessoas no nosso país. A pobreza no mundo é cada vez maior e não existem formas de se alterar esta situação.
Numa época em que se olha mais para o sociedade em que vivemos, em que valores nobres como a solidariedade são tema de debate e de preocupação públicas, urge esclarecer que “o dia-a-dia destas pessoas é assim todo o ano, e não apenas durante o mês de Dezembro, em “que fica bem estar preocupado com os outros”. Assim diz um voluntário de uma Associação que presta apoio aos Sem-abrigo do Porto, que prefere manter-se no anonimato. Relembra o papel fundamental destas associações, do apoio que a própria autarquia dá. Fala-nos da Viatura de Apoio Móvel do Porto (VAMP) e da ajuda que esta dá aos mais desfavorecidos, àqueles que vivem nas ruas.
“No Natal as pessoas fazem de conta que se preocupam – sim, porque mesmo assim poucos são aqueles que verdadeiramente se preocupam. Custa-me muito a hipocrisia das pessoas...”
E é assim que os mais pobres vivem o Natal: com indiferença. Para eles o Natal nunca é “quando um homem quiser!” Vivem um suceder de dias, e não uma vida propriamente dita. Entre uma esmola e um olhar de maior compaixão que lhes é dirigido, pensam para que serve o Natal. Foi esta a pregunta com que Manuel nos deixou... E para que servirá, de facto, se estas situações nos rodeiam e nada podemos fazer para que mudem?
Às vezes um sorriso no rosto envelhecido pela dureza da vida vale mais do que mil presentes. Afinal, todos nós somos seres humanos e é isto que no Natal se celebra, ou não?”

Sites a vistar:
Casa da Rua - Santa Casa da Mesericórdia do Porto

Artigo relacionado (de outros autores):
http://www.a-pagina-da-educacao.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=638

quinta-feira, dezembro 04, 2003

(reportagem de Imprensa)

Comércio Tradicional sofre com a crise este Natal



Por esta altura, as ruas são decoradas com motivos natalícios e as pessoas percorrem as lojas em busca do presente ideal para aquela determinada pessoa. Fala-se em crise económica, na falta de dinheiro dos portugueses e em como o comércio tradicional sofre com este momento menos bom da economia nacional. Numa época em que as pessoas têm tendência a gastar um pouco mais, fomos ver como estão as compras de Natal dos portuenses.
Em Cedofeita, uma zona comercial por excelência da cidade Invicta, os comerciantes não estão muito confiantes em relação ao negócio nesta época do ano. Fala-se do pouco dinheiro disponível, da necessidade de “se apertar o cinto”, como afirma uma senhora de 61 anos que olha para o cintilar das luzes de uma montra. Afirma que ainda não comprou nenhuma prenda, e que só esta a pensar dar umas pequenas lembranças aos netos. Queixa-se da baixa reforma que recebe, que lhe permite aceder a pouco mais do que os bens de primeira necessidade (com uma grande percentagem do rendimento destinado aos medicamentos).
Mas há também quem afirme que não nota qualquer diferença no seu poder de compra, como é o caso de Alexandre Oliveira, que afirma também já ter comprado a maioria dos presentes. Há também entre as pessoas que circulam por esta rua quem sinta a crise no bolso, mas que continue a fazer as suas compras de Natal como fazia “quando tinha mais algum para gastar”. É este o caso de pessoas como Manuela Silva, que gasta quase todo o seu subsídio de Natal e o do marido em presentes, “porque é uma tradição que deve ser mantida”.
A maioria dos comerciantes de Cedofeita está desanimada e não prevê melhorias nos próximos tempos. Há quem descreva uma situação quase catastrófica, como Zélia Magalhães, da Sapataria Iesse, que aponta o início desta crise para 1995, com o aumento do desemprego e da enorme concorrência que os grandes centros comerciais fazem. Recorda que “antes as pessoas de Braga e de Guimarães vinham fazer as suas compras ao Porto, mas que agora têm lá os mesmos tipos de loja, por isso já cá não vêm”. Zélia Magalhães não espera uma melhoria desta crise para tão cedo. Esta é também a opinião de um dos donos do Taj Mahal, que aponta o endividamento das famílias portuguesas como o grande responsável por esta crise. Adianta que, face ao mesmo período do ano passado, as suas vendas sofreram uma quebra de 40%. Diz que “com 1000 euros de ordenado, pagando o carro, a casa e isso, as pessoas ficam tesas”. O lucro que vai retirando do comércio provém, essencialmente, do vestuário “exótico, diferente” que se pode encontrar nesta loja.
Na compra de telemóveis, o cenário é semelhante. Sónia Silva, chefe de equipa da Ensitel da Praça Carlos Alberto, diz que “as vendas este ano estão bem piores do que as do ano passado, por causa da crise”. Mas revela esperar que com o aproximar do Natal as vendas subam, já que “os portugueses deixam tudo para a última hora”. Conclui afirmando:
-Enfim! Estamos em Portugal… Anda tudo teso!
Mas há lojas que parecem não sofrer com a crise, como as de acessórios femininos, onde “as vendas vão bem, não nos podemos queixar”, diz Miriam Sousa. Também no Leão das Louças a crise ainda não é muito visível. Arnaldo Teixeira afirma que “a crise é uma coisa que só se sabe no fim, mas até ver estão bem inferiores, mas pode ser que haja uma recuperação. Não vale a pena falar muito de crise”.
Com crise ou sem crise, o certo é que a agitação nas lojas este Natal parece bem menor. As pessoas continuam a olhar as montras, a entrar nas lojas… Mas as compras, quando existem, são poucas e de baixo montante, queixa-se o comércio tradicional. Há já quem diga que até o Pai Natal terá de “apertar o cinto” neste Natal.

quinta-feira, novembro 27, 2003

Já falta menos de um mês para o Natal! E falta ainda menos para as Férias!

sexta-feira, novembro 21, 2003

Visitem o meu novo Blog! É bastante diferente deste, mas espero que gostem! Sigam o link para o Diário Imperfeito!

quinta-feira, novembro 13, 2003

(trabalho de Imprensa)

“Durão Barroso nunca será um bom primeiro-ministro”– acredita o jornalista e comentador Miguel Sousa Tavares



O romance Equador de Miguel Sousa Tavares , o seu primeiro romance, está a ser um sucesso de vendas. Já vendeu 80 mil exemplares, apesar do seu elevado preço (27€). O jornalista fala-nos do seu sucesso literário, da TVI e do estado do país.

Miguel Sousa Tavares afirma que no início duvidava se “estava à altura”, mas adianta que retirou dele “tanto prazer quanto sofrimento e tanto esforço quanto alegria”. “Equador é a história de Luís Bernardo Valença, nomeado governador-geral de S. Tomé e Príncipe pelo rei D. Carlos. Depois de ter escrito livros de reportagem, crónicas, contos e um livro infantil, Miguel Sousa Tavares afirma:

-Não sei se está ou não ao mesmo nível do meu trabalho jornalístico, mas seguramente não me envergonha.

Adianta que não sabia se algum dia iria acabar de o escrever e que a sua mulher foi a pessoa que o acompanhou ao longo da escrita. O jornalista afirma, ainda, que foram os editores “que me convenceram a escrever o Equador”. Durante a escrita deste romance Miguel Sousa Tavares suspendeu as suas crónicas “no Público, na Máxima, no Diário Digital, tudo!”, apenas manteve a sua coluna n’A Bola, “simplesmente porque era o texto que me saía com mais naturalidade e porque os portugueses gostam muito de discutir futebol e eu não sou excepção”.
As críticas têm sido positivas e o público tem recebido bem o seu primeiro romance. A prova disto mesmo é o número de exemplares vendidos: 80 mil, um número extraordinário dado o seu elevado custo: 27€ - “é mesmo um livro muito caro”. Miguel Sousa Tavares lembra ainda que se Equador vendeu este número de exemplares, “cada livro já passou por duas ou três pessoas, o que dá mias de 200 mil leitores. É muita, muita gente.”
Relativamente à análise política, o jornalista e comentador afirma:

- O essencial das minhas críticas em relação ao País não muda. É uma espécie de lodo que se agita, que às vezes muda de recipiente, mas que continua toda lá.

Considera que a qualidade da informação da TVI não difere muito da da SIC e que:

- A televisão em Portugal só mudará quando a RTP der um passo no sentido certo.

Ainda sobre a TVI, Miguel Sousa Tavares adianta que sempre teve total liberdade e que no dia em que não a tiver se vai embora. Afirma, também, que contaria a linha editorial da televisão privada em relação ao processo Casa Pia. Em relação à restante programação do canal, o jornalista não hesita em afirmar:

- A televisão não tem de ser a porcaria que é. Acho que deveríamos expatriar a Endemol, deveríamos expulsá-la de Portugal. Nenhuma outra entidade tem provocado tantos prejuízos ao País. Muito sinceramente, eu punha a Endemol daqui para fora.

Acredita que outro cenário é possível, relembrando que “quando só havia uma televisão em Portugal, a seguir à telenovela, o programa mais visto era a Grande Reportagem, que Miguel Sousa Tavares fazia juntamente com José Manuel Barata-Feyo.
Sobre o canal sociedade afirma que “ninguém sabe ao certo o que será e é possível que seja apenas um saco de gatos.
Em conclusão, Miguel Sousa Tavares afirma que o primeiro-ministro, Durão Barroso, “não tem uma ideia (…), nunca será um bom primeiro-ministro.

quarta-feira, novembro 12, 2003

Hoje estou sorridente!

quinta-feira, novembro 06, 2003

(trabalho de Imprensa)

"O mais provável é que não volte a ver outro Watergate na minha vida"



Bob Woodward recebeu, em 1973, o prémio Pulitzer por ter tornado público o escândalo de Watergate. Em consequência da decoberta da espionagem que Nixon fez ao quartel-general da oposição democrática (o edifí­cio com o nome pelo qual ficou conhecido este caso: Watergate), o presidente norte-americano demitiu-se. Este jornalista norte-americano, que tem formação em Direito, continua a trabalhar no jornal que lhe deu a fama global, o The Washington Post apesar de casado com uma redactora do The New Yorker. Os livros que escreve são um sucesso de vendas. Estivemos à  conversa com Bob Woodward, que afirma que "o bom jornalismo, sobretudo o jornalismo de investigação que descobre o que alguns não querem que seja descoberto, continua a ser necessário e continua a ser praticado", embora considere que se podia fazer mais jornalismo de investigação.

Afirmando que o instrumento do jornalismo de investigação é "paciência, paciência, paciência", Bob Woodward considera que:
-O jornalismo deve ser medido pela qualidade da informação que oferece, não pelo dramatismo ou pela pirotecnia com que o tempera. Mas não vou juntar-me ao coro de lamentações. Continua a haver muito bom jornalismo. E o público, que é inteligente, sabe distinguir o bom do menos bom.
Em relação aos escândalos polí­ticos, Woodward considera que "os Presidentes irritam-se, ficam loucos, gritam e barafustam", quando "o escândalo é algo que, como um furacão, uma guerra ou uma crise económica, deve e pode ser gerido", bastando "elaborarem uma estratégia para o enfrentar". Considera que o principal erro de Nixon foi:
-Entrincheirar-se no desmentido e numa operação maciça de encobrimento. Teria podido salvar-se se, a meio do escândalo, tivesse reconhecido a culpa e pedido perdão. O povo norte-americano tem uma grande capacidade para perdoar, mas exige uma confissão dos pecados.Sobre o caso Watergate, Woodward adianta que:
-O nosso (referindo-se também a Carl Bernstein) papel em Watergate foi mitificado até ní­veis absurdos. Nós não derrubámos Nixon. As nossas histórias fizeram parte de uma longa e complexa cadeia de acontecimentos que durou anos. Por isso digo que o mais provável é que não volte a ver outro Watergate na minha vida.Bob Woodward considera Bill Clinton "uma mistura muito particular de debilidades e pontos fortes".
O seu último livro, Maestro, é sobre Alan Greenspan, o presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos. Questionado por que motivo está tão interessado pela figura de Greenspan, Bob Woodward afirma que:
- Adoptei o ponto de vista do jornalista e perguntei a mim próprio: que aconteceu de mais imporante nos Estados Unidos nos últimos dez anos? Claro que foi a expansão económica. Então comecei a olhar para isso e disse: OK, por que tivemos uma expansão económica? E verifiquei que os caminhos mais importantes conduziam a Greenspan, que ele não só regula as taxas de juro da Reserva Federal, como actua nos bastidores, como actor principal, nas crises internacionais(...). Com muita frequência, Greenspan tem uma estratégia, faz um pacto, é o principal jogador e o principal pensador nos grandes temas económicos norte-americanos e internacionais.Bob Woodward conclui afirmando que "o cinismo é fatal neste ofí­cio [jornalismo], mas uma dose de cepticismo não só é saudável, como nos vem inevitavelmente com o tempo".

quarta-feira, novembro 05, 2003

Só me apetece beijar-te, sabes?! Amo-te tanto! Sou doido por ti! Nem tenho palavras!

terça-feira, novembro 04, 2003

Hoje escrevo estas curtas linhas com um estado de espírito que não consigo classificar! Não estou zangado, não estou magoado, não estou nada! E ao mesmo tempo estou tudo! Sinto-me a desfazer por dentro, a morrer, sem esperança de que este estado sofra uma reviravolta! Bastava um simples gesto para voltar a acreditar num futuro... Espero apenas um simples gesto, uma simples chamada! Será pedir muito? É pedir muito, meu amor?!

quinta-feira, outubro 30, 2003

(trabalho de Imprensa)

"Precisamos de uma liderança mais dinâmica
para enfrentar os problemas económicos mais sérios"



Peter Sutherland avalia o processo de reformas na Europa e conclui que cabe a esta a liderança na Economia mundial

Em entrevista ao Jornal de Negócios, o ex director-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) e ex-comissário europeu afirma que "o processo de reformas na Europa tem sido demasiado lento". Dirigente da OMC numa das suas mais bem sucedidas fases, Peter Sutherland esteve no Porto, no encontro da ComissãoTrilateral.
Sutherland considera que as relações entre ao EUA e a Europa "já não são o que eram", pois "os choques resultantes das diferentes perspectivas sobre o Iraque foram profundos". O ex- director-geral da OMC afirma, porém, que os interesses económicos "são completamente interdependentes", que "os valores e interesses são basicamente os mesmos". Sutherland adianta que "aquilo a que assistimos foi um falhanço da diplomacia, em chegar a um entendimento comum e conseguir trabalhar em conjunto", sendo que "os dois lados têm de prestar mais atenção um ao outro e ninguém deve entrar no debate pensando que tem a razão toda", pois "o unilateralismo não é uma opção"
Peter Sutherland adianta que "o processo de reformas tem sido demasiado lento e que é preciso "acelerar e isso exige liderança política"pois este é "um elemento importante na situação a que chegamos"adiantando que "precisamos de uma liderança mais dinâmica para enfrentar os problemas económicos mais sérios e desenvolver uma estratégia de crescimento que não dependa de gastar dinheiro, porque não temos dinheiro para gastar". Sutherland não hesita em afirmar que os paí­ses "devem obedecer ao Pacto de Estabilidade". Porém não considera este um assunto-chave, mas sim "uma fuga, assim como é uma fuga atacar o Banco Central Europeu".
Em conclusão, Sutherland afirma que "a Europa tem de continuar a acreditar no multilateralismo, a ní­vel global, não em acordos regionais e tem de liderar este processo, porque os EUA não estão em condições de o fazer".

quarta-feira, outubro 29, 2003

Contagem decrescente para o Rock in Rio



A gala de lançamento do festival será no dia 29 de Outubro, no Coliseu dos Recreios. Começa no no dia 29 de Maio (uma semana antes do Euro 2004), o Rock in Rio Lisboa irá animar a capital portuguesa até ao dia 6 de Junho. o local escolhido foi o Parque da Bela Vista, com uma área de 200 mil metros quadrados, que deverá receber cerca de 500 mil pessoas, 70 atracções (nacionais e internacionais), num total de 120 horas de espetáculo.
Com estrutura semelhante à última edição, o Rock in Rio Lisboa contará com um Palco Mundo, Tendas Raízes, Tenda Mundo Melhor e Tenda Electro.
No dia de abertura serão feitos três minutos de silêncio em nome da Paz e de um mundo melhor. No Brasil, o festival ajudou 3 mil jovens a acabar os seus estudos. Desta vez, o projecto de Roberto Medina irá contribuir para o trabalho da Childreach, uma organização internacional que ajuda crinaças em todo o mundo.
Quantas mais pessoas forem ao festival, melhor será o resultado deste projecto.
(trabalho de Online)

Lamb em concerto exclusivo para a RFM




Os britânicos Lamb realizam hoje às 17h30 um concerto no auditório da rádio RFM. O lançamento do novo álbum Between Darkness and Wonder está previsto para o próximo dia 3 de Novembro. O duo de Manchester tem uma actuação marcada para o dia 19 de Dezembro, no Pavilhão Atlântico.

O acesso ao auditório está reservado aos ouvintes da RFM, mas o concerto será gravado para posterior transmissão. A rádio está a oferecer na sua emissão bilhetes para o showcase da banda.

O novo álbum dos Lamb, Between Darkness and Wonder será lançado no dia 3 de Novembro. Este é já o quarto álbum do duo de Manchester, com a sua discografia a incluir ainda Lamb (1996), Fear of Fours (1999) e What Sound (2001).


O concerto no dia 19 de Dezembro, no Pavilhão Atlântico, marca o fim da digressão promocional do seu novo álbum. É o país que mais acarinha Louise Rhodes e Andy Barlow que vê, assim, fechar uma tour que passa ainda por Fribourg e Zurique (Suiça), dia 7 e 8 de Dezembro, respectivamente; Bruxelas (Bélgica), dia 9; Tilburg, dia 11 e Amsterdão (Holanda), dias 12 e 13; Paris, dia 15; Barcelona e Madrid, dias 17 e 18, respectivamente.

Os bilhetes para o concerto de Lisboa encontram-se já à venda no Multibanco, na Ticketline (Reservas: 22003 6300), na Abep, Alvalade e Fnac, bem como no próprio Atlântico.
Os preços variam entre os 22 e os 28 Euros:
Plateia em pé: 25€;
Balcão nível 1: 28€;
Balcão nível 2: 22€.
A abertura das portas será às 19 horas e o início do espetáculo está previsto para as 20h30.


Recorde-se que esta banda já passou por vários palcos nacionais: os Coliseus de Lisboa e Porto, a Aula Magna, o Teatro Sá da Bandeira, o Festival do Sudoeste e de Vilar de Mouros. Os Lamb dão, agora, um concerto no recinto fechado com maior capacidade em Portugal.

Originária de Manchester, os Lamb são constituídos por Louise Rhodes e Andy Barlow. O duo é cúmplice de uma sonoridade única entre a música electrónica, o que levou esta banda a um sucesso sólido e constante. A formação da banda remonta a 1994, com a banda a conseguir logo de seguida um contrato com a editora Fontana.
O primeiro single, Cotton Wool, revelou desde logo a abordagem surpreendente e inovadora da banda ao drum ‘n bass, complementada pela voz única de Rhodes. O primeiro álbum (Lamb) remonta a 1996, tendo sido recebido entusiasticamente. A explanação feita entre ritmos inspirados no tecno, acompanhados por sons de categorias tão distintas como o jazz ou o jungle caracteriazm em definitivo o trabalho deste duo. Os Lamb partilharam, então, os palcos com os Galliano.
Três anos depois, os Lamb lançaram o seu segundo conjunto de originais (Fear of Fours). A excepção da prudução de Barlow em conjunto com a superior prestação vocal de Louise Rhodes, afimou este duo, em definitivo, como um dos mais importantes no panorama das novas tendências.
Em 2001, os Lamb regressou à actividade com um novo trabalho (What Sound), que manteve a essência da sua música: a simplicidade.

terça-feira, outubro 28, 2003

Olá!


Esta semana este espaço de tertúlia e cavaqueira sofreu algumas alterações visuais! Na próxima sexta-feira comemora-se o Halloween e eu não podia ficar indiferente a este dia! O Ang3lboy_18 resolveu fazer um make-up e ficou com este aspecto! Não sei se gostaram ou não... Façam chegar-me os vossos comentários e sugestões! Formas de o fazer não faltam! Usem o chat, o e-mail ou o fórum!
Este é um espaço para ser usado pelo maior número de pessoas possível! Até agora este blog tem servido apenas como depósito dos diferentes trabalhos do curso, mas não foi para isso que ele foi criado! (ainda nem eu sei para que existe! )
Comuniquem! Afinal, não estamos num curso de Comunicação?


segunda-feira, outubro 27, 2003

(o verdadeiro trabalho de Rádio)

Cenário Sonoro



O silêncio entre aquelas quatro paredes, brancas e sem vida, estavam a criar em mim um caos mental. Qual turbilhão de mihares de sons diferentes, o silêncio transforma-se num enorme desassosego com o seu ruído. Para mim, o silêncio não significa a ausência de todo e qualquer som; a ausência de som é algo inexistente, vivemos rodeados de sons e a sua presença é-nos fundamental.
Abro uma gaveta de madeira, que range com o meu puxão. Procuro entre os CD's algo que quebre o ensurdecedor silêncio que me está a enlouquecer. O ritmo das caixas de plástico a baterem umas nas outras à medida que folheio a massa que elas constituem faz-me esboçar um sorriso. Nada encontro que me consiga alterar o humor. Bato a gaveta, furioso. O eco da gaveta a embater no móvel envolve toda a casa e todo o meu corpo.
Resolvo descer à rua. Fecho a porta, suavemente; o barulho metálico assegura-me que fui bem sucedido. Chamo o elevador. Oiço o motor a puxá-lo, ruidosamente. Um ou dois minutos depois, encontro-me na rua, olhando aquela imensa lua que cobre a cidade com um véu acizentado...
O vento atravessa a minha roupa, produzindo leves murmúrios sibilantes... Um carro passa por mim a alta velocidade. O ruído do motor continua a preencher o vazio da rua, mesmo alguns segundos após a sua passagem. Ao atravessar a rua, um carro buzina. Abrem o vidro e gritam qualquer coisa impercetível apesar do silêncio que amordaça a noite. Dou um pontapé numa lata, que percorre uns metros de calçada à medida que produz dezenas de sons metálicos. De novo o silêncio. Num beco escuro um gato mia desesperadamente. Como se estivesse num canil, sou cercado por latidos de cães furiosos. Um deles, talvez mais triste com a sua situação ou tecendo elogios à beleza do luar, solta um uivo que ecoa por entre a cidade adormecida.
Uma rajada de vento mais forte levanta algumas folhas de jornal, que dançam a alguns metros acima do solo, como se estivessem num ritual mágico.
Os pequenos sons e ruídos preenchem-me. Cansado, sento-me num velho banco de jardim. Por baixo de mim, oiço a madeira a ceder. As folhas das árvores agitam-se, produzindo uma agradável e harmoniosa melodia.

A paz interior, finalmente, reina em mim...

sexta-feira, outubro 24, 2003

(trabalho de Imprensa)

Uma infância de sofrimento



Maria, nome pelo qual irá ser tratada ao longo desta entrevista, é uma criança de 8 anos. Com apenas 5 anos foi sexualmente abusada por um vizinho, de 53 anos. Maria é uma criança aparentemente normal, mas no seu interior uma enorme ferida esconde-se. O homem que lhe retirou a possibilidade de viver uma infância em que, tal como as outras crianças, pudesse brincar e ser feliz encontra-se preso há dois anos; resta-lhe cumprir mais 5 anos. Uma pena que os pais consideram demasiadamente leve para tamanho crime. Maria é apenas um caso, um exemplo de algo que acontece frequentemente em Portugal. Talvez mais do que aquilo que imaginamos.


Maria, ainda te lembras do que te aconteceu... Há algum tempo atrás? Foram maus para ti, não foram? Como é que aconteceu, lembras-te?

Sim. Quando eu era mais pequenina... Havia um senhor amigo dos meus pais que costumava levar-me para casa dele. (pausa) Dava-me guloseimas e eu brincava com a neta dele, que também era pequenina... Mas um dia ele foi mau para mim e fez-me mal. Disse que me fazia mal se eu contasse a alguém o que tinha acontecido...

E contaste a alguém? Ou tinhas medo?

Tive medo que ele voltasse a fazer-me mal e não contei nada. Mas um dia, nas escola, contei a uma amiga... Ela foi contar à mãe o que tinha acontecido. A minha mãe soube e contou ao meu pai, que foi contar aos polícias...

E o que é que os polícias fizeram, sabes?

Levaram o senhor ((...) para a prisão. Os meus pais disseram-me que ele devia morrer. Acham que ele não foi castigado pelo que me fez...

E tu, Maria, também achas que ele devia ser mais castigado? Ou já o perdoaste por te ter feito mal?

Eu já o perdoei um bocado. Já esqueci o que ele me fez, só às vezes é que me lembro... (pausa) Tenho medo do escuro e, às vezes, tenho sonhos maus com ele... (pausa) Tenho medo de que ele me faça mal por ter contado o que ele me fez... (começa a chorar) Mas espero que o Jesus o desculpe. Na igreja apredi que Jesus pode perdoar as pessoas que se arrependem do mal que fizeram às outras pessoas. (pausa) Espero que ele tenha sido perdoado.

Maria, és boa aluna na escola? Gostas de brincar com os outros meninos?

A professora diz que sim. Gosto muito de andar na escola... Lá aprendo muitas coisas e posso brincar com os outros meninos... Os meus pais têm de ir trabalhar e quando chegam a casa não podem brincar comigo... Gosto muito de andar na escola! (sorri)

Maria, o que queres ser quando fores grande?

Quero ser professora! Para ensinar os outros meninos... E vou ser muito boa professora... Como a minha, que gosta muito de mim! Quero poder ajudar os outros meninos... (pausa) Ou então quero tratar dos animais! Não gosto que eles fiquem doentinhos...

E qual das duas coisas queres mais?

As duas! (sorri) Não acha que posso ser?

(trabalho de Imprensa)

Carlos Silvino preocupado e sem esperança




Carlos Silvino mostrou-se preocupado com a exposição que a sua vida está a ter. Revela que os últimos tempos não têm sido fáceis e olha a sua reintegração na sociedade como olha para uma utopia. Em primeira pessoa, Carlos Silvino falou com o nosso jornal.

Praticamente todo o país fala do caso Casa Pia, muitas têm sido as considerações e as avaliações feitas acerca da sua pessoa. Como vê tudo isto?

Francamente, a minha vida não tem sido muito fácil. Aqui na prisão as coisas não são propriamente um “mar de rosas”... Tenho passado os meus dias a pensar naquilo que as pessoas podem pensar de mim. Sei que a forma como as pessoas me vêm assemelha-se a repugnância. Custa-me que as pessoas não me conhecem e falem certas coisas tão negativas...

Vejo que se mostra bastante preocupado com a sua reputação social. Como vê a sua reintegração na sociedade se não for condenado à pena de prisão?

De facto, estou mesmo preocupado! Eu não cometi qualquer crime... Até ser condenado culpado pelo Juiz, sou inocente, não é? A praça pública fez-me o julgamento e declarou-me culpado logo à partida! Fui julgado na rua, nos cafés... nos meios de comunicação social durante semanas a fio. E ainda hoje isto continua... É-me difícil pensar rm reintegração nestas condições, não acha? Como inocente que sou, desejava o óbvio: ser declarado inocente. Mas basta-me reflectir um pouco, pensar que teria de encarar as pessoas que me chamam abusador de criancinhas... Acho que qualquer pessoa ficaria neste estado.

O que gostava de poder dizer a todas essas pessoas?

Que parem de me julgar! Só peço uma hipótese de, caso seja declarado inocente, possa viver tranquilamente... Nada mais! Quero ter uma vida tranquila e em liberdade. Se for considerado culpado e o Juiz me condenar, aí sim, aí as pessoas poderão me considerar culpado e tudo isso! Até lá...
(ia sendo um trabalho de Rádio...)

Cenário Sonoro



Os pássaros cantavam em demonstração da sua alegria. O rio corria lá em baixo por entre as árvores que ondulavam ao vento, produzindo uma espécie de múrmurio... Oiço fascinado o canto das águas, suave, que me convida a espreitar o seu fundo. Desco a colina, ouvindo o restolhar das folhas que vou pisando ao longo do caminho. À medida que me aproximo do pequeno riacho, o seu múrmurio vai-se tornando cada vez mais convidativo, parece estar a dar-me os bons dias. Olho fascinado para o céu, onde o sol se vai pondo, cobrindo o céu de um vivo tom de cor-de-laranja.
As árvores, que iam perdendo a sua folhagem, ondulavam ao sabor do vento. Uma rã coaxava, como forma de mostrar a sua presença. Lanço uma pedra ao riacho, que salta várias vezes na superfície, antes de se misturar com as milhares de pedrinhas que jazem no fundo do pequeno ribeiro. O seu chapinhar recorda-me a minha infância, por ter passado várias horas neste mesmo sítio. Um bando de pássaros levanta vôo das suas árvores, fazendo-me ouvir centenas de asas batendo em simultâneo. Fico a olhar para eles, enquanto voam em círculos sobre a minha cabeça.
Uma voz desperta-me do fascínio.
-É um sítio realmente fantástico, mas não achas que são horas de irmos para casa?
Maquinalmente o meu corpo dirige-se para o carro. Ao entrar, sinto o silêncio. Ao girar da chave, o motor produz um som rouco. Dirigo-me para casa. Oiço os outros carros passar por mim. Ligo o rádio para fugir ao silêncio que só é interrompido pelos carros que se cruzam comigo. Uma música embala-me e leva-me a fechar os olhos, recordando aquele espaço que tantas recordações me traz.

Desde já, posso sugerir-vos duas coisas: a minha fantástica e maravilhosa rádio no Contonete e um outro blog de um colega de turma - bandeiramadeirense

Hoje

nasce um novo local de salutar tertúlia neste mundinho virtual que é a Internet. Não parto para este desafio com muitas ambições, espero apenas que seja um espaço de convívio saudável.
Aqui serei mais do que um aluno do curso de Jornalismo e Ciências de Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto! (nome pomposo este, não?) Muitos alunos deste curso optaram por criar um 'blog' na 'net', como se fosse algo de fundamental. Vários são os usos dados pelos meus colegas: delírio e divertimento pessoal, crítica ou simplesmente para troca de mimos e elogios (já Eça usava tão bem a ironia...)

Ainda não sei muito bem o que será este novo espaço, ou mesmo se será assim tão novo quanto isso... Mas desde já vos digo que são sempre benvindos a esta página! Voltem sempre!